sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Uma Lição de Amor


Amigos, longa foi a minha ausência das páginas desse blog, e nesse período, muitos foram os filmes que assisti. Muitos ruins, alguns bons, e poucos e raros de tirar o fôlego. Por causa disso, venho hoje com uma postagem solo sobre o filme que me inspirou a recomeçar meus trabalhos aqui, ao perceber que muitos podem nunca ter tido a oportunidade de assistir à essa obra prima do cinema norte americano. Este filme me fez perceber que uma hora do meu tempo pode se transformar em valiosas duas horas de um magnífico filme nas casas de alguns de vocês, e por isso, escrevo.

O inspirador filme de hoje se chama Uma Lição de Amor, ou I am Sam, na versão em inglês, e é relativamente antigo. Sua produção é datada do ano de 2001 e conta com a direção de Jessie Nelson, até então uma desconhecida pra mim, mas cujo trabalho passei a admirar depois de ver este filme. O elenco é liderado por Sean Penn, ator consagrado por Hollywood, vencedor de dois Oscars de Melhor Ator por seu trabalho em Sobre Meninos e Lobos e, recentemente, em Milk, no ano passado. No entanto, na minha opinião, a melhor atuação de sua carreira e uma das melhores que já vi na minha breve história de admirador do cinema mundial, recebeu "apenas" uma indicação ao Oscar de Melhor Ator, no papel do retardado mental Sam neste lindo Uma Lição de Amor. A também já indicada ao Oscar Michele Pfeiffer nos traz uma performance magnífica e emocionante como uma advogada rica, inteligente e fria, que volta à vida após conhecer Sam, personagem de Sean Penn. Ainda, mas não menos importante, a super talentosa Dakota Fanning, que apenas aos sete anos já nos dava uma magnífica prévia do que seria sua carreira como atriz ao viver a filha de Sean Penn. Para quem não se lembra dela, é a menininha de Guerra dos Mundos e Amigo Oculto. Parece muito, mas esses são apenas os personagens principais do filme, o restante do elenco é fantástico, contando inclusive com a participação de alguns deficientes, o que dá um toque de realidade ainda maior ao filme.

O último detalhe mencionado é o que torna a atuação de Sean Penn ainda mais admirável, não se pode distinguir entre ele e os demais deficientes mentais que aparecem no filme, ele é sublime do primeiro ao último minuto. O filme mostra como Sam, que tem idade mental de uma criança de 7 anos, toma conta de sua filha, Fanning, e o que acontece quando tentam separá-lo dela, trazendo-nos a batalha judicial e o relacionamento contagioso de amizade que vai crescendo entre Sam e sua advogada, Pfeiffer.

Quaisquer adjetivos ou descrições que eu usar aqui não chegam aos pés do que apenas 10 minutos de filme pode nos trazer em termos de emoção, sensibilidade, amor e carinho. O filme é simplesmente lindo, puro, inocente, magnífico, como há muito tempo eu não via. Ele não é em nenhum momento arrastado ou monótono, prende sua atenção, seu coração e sua mente durante a completude de suas duas horas. Mas se isso tudo não bastasse para já fazer desse filme um dos meus favoritos de todos os tempos, a trilha sonora é fantástica, toda com músicas dos Beatles como os sucessos Strawberry Fields Forever, Across The Universe e Blackbird, em versões belíssimas que concedem ao filme o que faltava para se tornar uma obra de arte.

Quem já assistiu sabe do que estou falando, e quem ainda não teve a oportunidade, não perca tempo! Alugue ou baixe, sei lá, mas assista ao filme, espero que minha empolgação e sentimento ao escrever estas palavras façam vocês compartilharem dessa linda e inspiradora experiência, que rarissímos filmes nos trazem.

Espero sinceramente não desaparecer mais uma vez das páginas deste blog, para continuar compartilhando sensações e momentos como este com vocês. Assistam e comentem! Em breve estarei aqui com alguns dos indicados ao Oscar desse ano. Por enquanto, segue o trailer...

http://www.youtube.com/watch?v=EROTbDCr5ag