domingo, 17 de agosto de 2008

Amadeus e Piaf



Hoje, venho trazer pra vocês dois belíssimos filmes: Amadeus e Piaf. Ambos têm em comum o fato de serem uma biografia desses dois ícones da música mundial.
O primeiro é uma obra espetacular. Amadeus foi um dos melhores filmes que eu já vi em toda a minha vida, simplesmente nota 10. Ele é realmente magnífico, conta com a Direção de Milos Forman, e atuações brilhantes dos dois protagonistas, Murray Abraham, que recebeu o Oscar de Melhor Ator exatamente por esse papel, e também Tom Hulce. Murray atua como o narrador da trama e também como personagem dela e faz as mais lindas e apaixonantes descrições de música que eu já ouvi, Hulce interpreta Amadeus Wolfgang Mozart e é absolutamente fantástico, eternizando sua risada hilariante e seu jeito descontraído na história do cinema. O que faltaria para um filme desses ficar perfeito? A trilha sonora! E o que dizer da trilha de Amadeus? Faltam-me as palavras para descrevê-la, tocante, linda, espetacular, nada chegaria nem perto do que ela realmente é. Ele é bem extenso, mas você nem ver o tempo passar. E para coroar essa minha indicação, só quero falar que Amadeus ganhou 8 oscars em 1984, incuindo Melhor Filme, esplêndido.
Piaf também vem no mesmo gênero do anterior, e conta a trágica e triste vida da cantora francesa Edith Piaf. É um filme belíssimo, marcado pela atuação perfeita da linda atriz francesa Marion Cotillard no papel da protagonista, sendo também agraciada com o Oscar de Melhor Atriz no ano de 2008. Também contém uma trilha sonora especial, a obra de Piaf é muito bonita, e a voz da cantora é simplesmente encantadora. Uma das cenas mais bonitas do filme é o velho, mas sempre emocionante hino francês, La Marselhesa, na voz de Piaf, magnífico.
Portanto, essas são minhas duas indicações de hoje. Pra quem gosta de uma boa música, não há nada melhor! Vale muito a pena conferir, principalmente o primeiro, esse é realmente especial.

4 comentários:

Víctor disse...

Rapaz, mal entro no blog aqui do cara e já encaro Amadeus, dei valor!
O filme é muito bom mesmo, gostei bastante, apesar de uma certa distorção da imagem do Salieri. Piaf já eu não assisti ainda, mas já tá na lista de espera.

E deixo uma recomendação: "O Segredo de Beethoven (Copying Beethoven)", que segue o mesmo estilo do Amadeus, meio que biografando o Beethoven, muuuuuuito bom mesmo! :D

Pedim disse...

uma missão pra vc.. critique os Star Wars. AAAh.. os melhores filmes da minha vida. ; D

Yuri Teles Pamplona disse...

Muito obrigado ai Pedim e Victor, sejam sempre bem vindos por aqui! Concordo com o Victor no Segredo de Beethoven, também é um execelente filme, não da mesma expressão do Amadeus, mas muito bom! E Pedim, pode deixar, vou tentar comentar seus Star Wars o mais rápido possível!

Marcelo disse...

"Vida e obra".Eis um tema que não me chama nem um pouco a atenção.As que ultrapassam,no entanto,o limite de simples histórias lineares de vidas não vividas,de mortes suspensas,de narrativas premeditadas,têm-se,de fato, conteúdos inestimáveis.Piaf,eis uma obra prima.Adequou-se o sofrimento às magistrais interpretações,especialmente a de Marion Cotillard,logicamente,para se conseguir a harmonia perfeita e a atmosfera de densidade psicológica e emocional de um filme que versa acerca do drama de uma tentativa de subvida deve transmitir.À flor da pele.Assim eu caracterizaria a vida de Piaf.Da lama à glória e da glória à lama.Uma vida que,desde o seu início,apresentou-se como uma constante onda de incostância.Embora com todos os contra em autorelevo,Piaf sempre acreditou no potencial de sua voz,de seu talento,mesmo que sufocado e literalmente afogado pelas circunstâncias.Sua pobreza financeira nunca a impediu de lutar,colhendo as flores,apesar dos espinhos e do sangue.Sim,do sangue.O sangue,na sua mais forte simbologia,esteve sempre presente naquilo que Piaf chamava de "a sua vida".Morando em bordéis,perdendo temporariamente a visão,sendo explorada pelo pai,praguejada pela mãe,sobe no palco pela primeira vez e canta,melancoliza e desestrutura todos que a escutam,com sua efusão e profusão de sentimentos,que lhe concedeu o título de "a alma de Paris".Seu turning point na vertente "amor,meu grande amor" ocorre quando conhece um lutador americano,pelo qual se apaioxona e descobre o que significa aquele sentimento que as pessoas tanto falavam,tanto viviam,tanto fingiam: o amor.Materializa-se a mudança em sua vida quando pronuncia em cartas e juras eternas:"não lembro mais da minha vida antes de você".Pouco tempo depois,não poderia sair impune da sua rotina de músicas-maus-amores-falsos-interesses-e-vazio -emocional.Seu então amante morre em um acidente de avião.A partir daí,Edith conhece o início do declínio de um império musical que ,apesar da passagem dos anos,parecia inexequível."Non,rien de rien,non,je ne regrette de rien,car ma vie,car mes joies,pour aujourd´hui ça commence avec toi."Eis a música que reprentou seu momento de perda-da-presença-ausente.Reumatismos,icterícias,vícios em medicamentos,alcoolismo,enfim,levaram a grande estrela,a plebéia tranformada em rainha,ao declínio.Desmaios no palco,cancelamentos de shows,intrigas e desentendimentos,marcaram subtancialmente sua derrocada. Edith morre em 1963,em meio a tormentosos conflitos psicológicos,lembranças que a consomiam.No fim,somente uma cama,uma penumbra,a enfermeira,Edith e seus desejos de vida,de vida eterna:"Simone,eu não quero ir,não me deixe ir."